sexta-feira, setembro 24, 2010

Cade o Romantismo???


Pode ser que eles ainda existam, mas sei que não possuem a mesma intensidade de alguns anos, antes eram vividos como se fossem os únicos de uma vida, a entrega era perfeita de ambas as partes. Os homens dedicavam-se as doces serenatas e aos buquês vermelhos, as mulheres suspiravam redigindo cartas e sonhavam com seus amados.

Mas com toda a modernidade que o tempo trouxe em seu avanço, o homem acabou moldando-se para a vida tornando-se frio, cauteloso e arisco às emoções, com medo de se envolver, medo de viver, medo de amar e por conseqüência medo de sofrer. Claro que ninguém deseja sofrimento a si próprio, mas há de haver riscos para que a vida tenha alguma valia, não há?

Há de ter aventura, de ter desmazelo e acima de tudo paixão aliás, o amor deveria ser ingrediente fundamental na vida humana, seja em âmbito pessoal ou profissional, afinal como se consegue desenvolver algo sem Amor? Precisamos dele para nossos trabalhos, para nossas amizades, para tudo que realmente fizer sentido e necessitar de continuidade.

Contudo essa paixão já não mais existe no cotidiano humano, como toda regra há sua exceção, mas é visível a frieza de todos pós-modernidade, não há mais serenatas, nem ao menos as cartas restaram, não existem mais buquês vermelhos que digam o quanto vale um verdadeiro amor, uma amizade intensa ou um simples gesto de simpatia.

O romance está em extinção e temo mais ainda pelas futuras gerações, que talvez nem sentirão a sensação doce que é viver um amor intenso, ou uma paixão de verão momentânea, talvez nunca saberão o que é sofrer por um sentimento, pois também nem terão oportunidade de senti-lo.Quem sabe assim contaremos aos nossos netos as histórias que embalaram nossas gerações, como realmente um dia o humano foi capaz de ser solidário, companheiro, amigo, amoroso e fiel com aqueles pelos quais sentiu algum tipo de amor ou amizade, algum tipo de sentimento que pudesse nos diferenciar das máquinas e da robótica perturbadora que formou o homem moderno.

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